O Concurso de Sardinhas de 2016 superou os níveis de participação de todas as edições anteriores: 8897 propostas submetidas, de 70 países (com uma amplitude geográfica que vai desde a Coreia do Sul até à República Checa, da Áustria até Singapura), dos 0 aos 88 anos, sendo que 664 propostas são de autores menores de idade.
Na sexta edição do Concurso, a EGEAC desafiou cinco personalidades – Gisela João, Nuno Markl, Rita Blanco, Rui Unas e Vhils – para jurados, que serão os responsáveis pela escolha das cinco sardinhas vencedoras, que integrarão os materiais de comunicação das Festas de Lisboa e irão arrecadar um prémio de 2.000€.
Criado em 2011 pela EGEAC, o Concurso das Sardinhas pretendeu democratizar não apenas a apropriação da sardinha pelos cidadãos, mas também a própria criação. Um concurso de criatividade que desde o primeiro ano registou resultados surpreendentes, funcionando como um instrumento para envolver as pessoas e chamar a atenção para a programação das Festas da Cidade, de uma forma orgânica.
O Concurso de Sardinhas e a EGEAC desempenharam um papel na revitalização de indústrias e marcas tipicamente portuguesas, como a Bordallo Pinheiro, estabelecendo uma ponte entre artistas e ilustradores com marcas comerciais. O Concurso ajudou ainda a aumentar a auto-estima dos lisboetas, a criar um sentimento de pertença e uma identificação com o objeto. Arriscaríamos dizer que, atualmente, a Sardinha será mais rapidamente reconhecida como um símbolo da cidade de Lisboa aquém e além-fronteiras do que os corvos (que fazem parte da iconografia oficial da cidade).
Mais do que isso, arriscamos mesmo afirmar que será rara a casa lisboeta que não tenha uma sardinha.